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Pesquisa aponta que o preço da carne faz moradores da Gande BH consumirem itens como miúdos e peles

Com o preço das carnes nas alturas, as peças de picanha, filé mignon, alcatra e até o bom e velho peito de frango, perderam espaço de destaque nos açougues de Belo Horizonte. Atualmente, o que se vê em exposição privilegiada são os miúdos de porco e de galinha como: rim, bofe, figuinho, sambiquira, dorso e peles. Porém, até mesmo esses cortes já estão passando por aumentos consideráveis. Segundo uma pesquisa divulgada pelo site Mercado Mineiro, o quilo do pé de frango, por exemplo, pode custar até R$ 13,99, com variação de até 134% dependendo do local de compra. O mesmo acontece com o quilo da asa resfriada, que está variando 85% em Belo Horizonte, e pode custar até R$ 23,95. Até mesmo o quilo da salsicha já tem o quilo vendido por até R$15, na região metropolitana da capital. Em um único mês o aumento foi de 4,29%. Ainda segundo o levantamento, o recorte de costela suína está na média de R$ 8,50, com diferenças de até 18%, enquanto o dorso do frango já é vendido a R$ 6,99. Já o preço médio do frango subiu 6,77% em setembro, comparado ao mês anterior, passando de R$ 10,90 para R$ 11,64. O mesmo aconteceu com o quilo do peito resfriado e do filé de peito, que tiveram reajustes de 6% e 5,85%, respectivamente. “O que antes eram cortes descartáveis, uma parte desprezada, virou uma opção de venda até para os supermercados, que precisam atender às classes mais baixas, que realmente estão sem alternativas. Em primeiro momento o consumidor comprou a carne de segunda bovina, depois passou para a carne de porco, frango, e com os aumentos agora chegou a vez dos miúdos - carcaça de frango e o próprio pezinho. Nem o frango tem conseguido ser uma alternativa para o consumidor, porque ele está aumentando muito”, pontua o economista Feliciano Abreu, diretor do site Mercado Mineiro, que realizou a pesquisa em 39 estabelecimentos em BH e na região metropolitana.

Mesmo sendo considerado um dos itens mais baratos do açougue, e com lugar de destaque em muitos expositores de carnes da capital, até o pezinho de galinha sofreu aumento. "O pezinho é um dos nossos produtos mais baratos, mas aumentou muito. Ele Já custou R$2 o quilo, hoje está quase R$6", analisa o açougueiro Roberto Carlos Santos, que vende carnes no hipercentro da capital, há mais de 40 anos. Para o economista, Feliciano Abreu, os preços não tendem a se normalizar tão cedo. "A perspectiva não é boa. O dólar supervalorizado perante o real favorece as exportações e prejudica o bolso do consumidor. Tivemos o problema da vaca louca, que embora tenha oferta maior de carnes no mercado, a gente sabe que isso será em curto prazo, as importações já vão voltar. Está cada vez mais difícil comprar uma boa carne para consumir no dia a dia" analisa o especialista, que alerta a importância de se verificar a qualidade do produto.


"A gente sabe que o consumidor tem deixado a procedência de lado, essa é a alternativa quando não se tem dinheiro nem para comprar mais. Chegamos um patamar que não cabe mais aumento. A carne vai acabar ficando encalhada", completa. Consumo Por conta da alta nos preços, de acordo com a Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Distrito Federal (Afrig), o consumo de carne caiu pelo menos 50% nos últimos meses. A estatística vai ao encontro da projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que estima que o consumo de carne vermelha no país seja o menor em 25 anos. O reflexo disso já é sentido nos preços. De acordo com a pesquisa realizada no mercado Mineiro, na última semana, o preço das carnes bovinas estão se estabilizando. O maior aumento foi no filé mignon, que subiu de R$ 56,66 para R$ 58,58, uma variação de 3,38% de um mês para outro. Enquanto isso, o quilo do acém reduziu, passou de R$ 31,80 para R$ 31,46.




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