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Copasa realiza rodízio de água após rompimento de adutora
Cerca de 500 mil moradores de Belo Horizonte e de cidades da Região Metropolitana ficam sem água por 24 horas. O rodízio no abastecimento acontecerá até o dia 20 de março. O esquema atingirá, no total, dois milhões de pessoas.
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A medida, segundo a Copasa, foi necessária após rompimento de adutora no dia 1º de março. Bairros de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia são os primeiros afetados. “São quatro grupos e diversos bairros serão afetados. O rodízio será de três dias com água, para um dia sem. Em cada momento, impactará 500 mil pessoas, menos de 15% dos moradores da Grande BH. É um número alto, mas tivemos um evento no qual não tínhamos controle e a adoção do rodízio foi necessário para que todos os serviços sejam normalizados”, disse diretor da Copasa, Carlos Eduardo Castro. Castro disse também que hospitais e escolas terão atendimento diferenciado. “Hospitais e escolas terão atendimento priorizado para que a população não seja penalizada na interrupção nestes serviços. Eles entram no rodízio, mas vamos disponibilizar caminhão-pipa”, contou. Plano de rodízio 08/03/2022, 12/03/2022 e 16/03/2022
Contagem: Centro, Santa Helena e Instância do Hibisco
Betim: Imbiruçu, São Luiz (Petrópolis / Simonésia) e Petrolândia
BH: Venda Nova
Ribeirão das Neves: Justinópolis; Landi
Santa Luzia: São Benedito, Santa Clara e São Cosme
09/03/2022, 13/03/2022 e 17/03/2022
Contagem: Cabral e Nacional
Lagoa Santa,
Vespasiano;
São José da Lapa.
10/03/2022, 14/03/2022 e 18/03/2022
Belo Horizonte: Barreiro, Betânia e Buritis
Contagem: Riacho das Pedras, Eldorado, Cidade Industrial e Industrial
11/03/2022, 15/03/2022 e 19/03/2022
Betim: Centro, Angola, Ouro Negro e Montreal, Petrópolis e PTB
Contagem: Água Branca e Ressaca
Belo Horizonte: Alípio de Melo, Caiçara e Ouro Preto
Rompimento da adutora
Parte da Região Metropolitana de Belo Horizonte foi afetada pelo rompimento de uma adutora de água que opera para um dos sistemas da Copasa, o Serra Azul. Ele é responsável pelo abastecimento de 15% da Grande BH.
O incidente aconteceu no dia 1º de março. De acordo com testemunhas, o rompimento aconteceu depois que algumas pessoas atearam fogo em um entulho que estava sobre a estrutura.
Mateus Leme, Juatuba e 34 bairros de Betim foram afetados imediatamente. Dias depois, a Copasa determinou que o sistema Serra Azul abastecesse apenas as duas primeiras cidades, devido a redução da sua capacidade.
Ainda segundo a Copasa, caminhões-pipa foram disponibilizados para atender a população de Betim, que ainda sofre com o desabastecimento, especialmente a região de Vianópolis, local onde ocorreu o rompimento da adutora. “Manobras operacionais” estão sendo feitas para tentar atender a demanda.
Uma adequação está sendo feita para possibilitar a transferência de água pelo Sistema Rio Manso para o centro e para o bairro Angola, em Betim.
A companhia pediu que moradores de Belo Horizonte e da região metropolitana façam uso racional de água para ajudar estas pessoas.
Normalização definitiva em 6 meses A companhia disse ainda que está “mobilizada para providenciar o material necessário para a obra definitiva que será entregue em seis meses”.
