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Chuvas provocam disparada de preços nos sacolões da capital

As chuvas que atingiram Minas Gerais nas últimas semanas fechando estradas, inundando plantações e causando problemas na colheita já refletem nos preços de frutas, legumes e verduras nos sacolões de Belo Horizonte.


De acordo com pesquisa do site Mercado Mineiro, divulgada nesta segunda-feira (17), a demanda maior que a oferta fez os preços médios dispararem.


No levantamento, feito em 18 estabelecimentos, o preço médio do jiló saltou de R$ 5,37 para R$ 10,71, aumento de 99%, na comparação entre pesquisas feitas em setembro de 2021 e janeiro deste ano.

Já com relação à pesquisa de preços por estabelecimentos, o quilo do quiabo pode variar de R$ 3,98 a R$ 24,80, uma diferença de 523%.

O diretor da pesquisa, Feliciano Abreu, afirma que, além do preço salgado, a qualidade das das frutas, legumes e verduras está ruim. "Os preços estão em alta e os produtos, machucados pelos temporais. O preço médio de alguns produtos chegaram a dobrar. Por isso, é importante pesquisar e avaliar qual a melhor oferta".

O administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, reforça a necessidade de pesquisa neste momento, devido à variação de preço que ultrapassa 500% em diferentes estabelecimentos. “O importante, neste momento, é ficar de olho nos dias de oferta dos sacolões e dos supermercados para, além de comprar produtos que estão eventualmente na safra, tentar comprar na faixa de preço médio, pelo menos para esperar a nova produção, dentro de um mês ou dois. A chuva estragou bastante a colheita do início deste ano”, diz.

Na última semana, balanço da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) estimava que a produção de 127 mil produtores rurais, de 416 municípios, foi afetada pelas chuvas. Com isso, sacolões também atestam a chegada de alimentos com menor qualidade. O aumento preço do diesel, que começou a valer na última quarta-feira (12), também deve ter impacto nos alimentos, já que pressiona o frete, segundo análise do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg).


Preços variam mais de 500% entre sacolões

O aumento de preços é geral, porém o consumidor encontra valores até 523% diferentes em cada estabelecimento. É o que ocorre com o quiabo, que vai de R$ 3,98 em um sacolão no bairro Santa Efigênia, na região Leste de BH, a R$ 24,80, no mesmo bairro. Não se trata de variedades diferentes do legume, segundo o administrador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu. “O pesquisador até se assustou”, comenta.

O preço do quilo da batata também tem uma variação ampla, de aproximadamente 303%, e o legume pode ser encontrado de R$ 1,98 a R$ 7,99. Mesmo a menor variação registrada, de 42,5%, da alface americana, ainda representa mais de R$ 1 real de diferença. A verdura custa de R$ 3,50 a R$ 4,99, o quilo.

Confira o comparativo de preços de frutas e verduras nos sacolões de BH

Batata* Setembro de 2021: R$ 4,15 Janeiro de 2022: R$ 4,91 Variação: 18,35%

*É considerado o quilo dos alimentos

Beterraba Setembro de 2021: R$ 3,65 Janeiro de 2022: R$ 4,56 Variação: 24,95%

Cebola branca Setembro de 2021: R$ 3,43 Janeiro de 2022: R$ 4,11 Variação: 19,84%

Cenoura Setembro de 2021: R$ 3,24 Janeiro de 2022: R$ 5,96 Variação: 83,97%

Chuchu Setembro de 2021: R$ 4,62 Janeiro de 2022: R$ 3,62 Variação: -21,74%

Couve-flor Setembro de 2021: R$ 5,21 Janeiro de 2022: R$ 8,13 Variação: 56,11%

Quiabo Setembro de 2021: R$ 8,24 Janeiro de 2022: R$ 12,14 Variação: 47,34%

Tomate Setembro de 2021: R$ 6,21 Janeiro de 2022: R$ 7,93 Variação: 27,71%

Abóbora Setembro de 2021: R$ 2,62 Janeiro de 2022: R$ 2,91 Variação: 11,09%

Pimentão verde Setembro de 2021: R$ 8,10 Janeiro de 2022: R$ 7,80 Variação: -3,69%

Repolho Setembro de 2021: R$ 2,99 Janeiro de 2022: R$ 2,51 Variação: -16,04%

Jiló Setembro de 2021: R$ 5,37 Janeiro de 2022: R$ 10,71 Variação: 99,35%

Mandioca Setembro de 2021: R$ 3,93 Janeiro de 2022: R$ 5,59 Variação: 42,12%

Inhame Setembro de 2021: R$ 3,85 Janeiro de 2022: R$ 5,04 Variação: 30,79%

Pepino Setembro de 2021: R$ 4,10 Janeiro de 2022: R$ 4,44 Variação: 8,18%

Alface americana Setembro de 2021: R$ 3,93 Janeiro de 2022: R$ 3,99 Variação: 1,54%

Cebolinha Setembro de 2021: R$ 1,65 Janeiro de 2022: R$ 1,76 Variação: 6,79%

Salsinha Setembro de 2021: R$ 1,65 Janeiro de 2022: R$ 1,79 Variação: 8,71%

Couve Setembro de 2021: R$ 1,75 Janeiro de 2022: R$ 1,88 Variação: 7,28%

Acelga Setembro de 2021: R$ 4,12 Janeiro de 2022: R$ 5,05 Variação: 22,59%

Banana prata Setembro de 2021: R$ 4,57 Janeiro de 2022: R$ 6,84 Variação: 49,57%

Banana caturra Setembro de 2021: R$ 3,60 Janeiro de 2022: R$ 3,87 Variação: 7,51%

Laranja pera Setembro de 2021: R$ 3,40 Janeiro de 2022: R$ 3,31 Variação: -2,62%

Maçã Setembro de 2021: R$ 6,29 Janeiro de 2022: R$ 6,86 Variação: 9,01%

Limão Tahiti Setembro de 2021: R$ 4,37 Janeiro de 2022: R$ 3,15 Variação: -28,02%

Abacaxi Setembro de 2021: R$ 5,32 Janeiro de 2022: R$ 6,29 Variação: 18,17%

Mamão Havaí Setembro de 2021: R$ 5,76 Janeiro de 2022: R$ 6,28 Variação: 9,05%

Melancia Setembro de 2021: R$ 2,11 Janeiro de 2022: R$ 2,54 Variação: 20,43%

Abacate Setembro de 2021: R$ 6,28 Janeiro de 2022: R$ 12,20 Variação: 94,23%

Morango Setembro de 2021: R$ 5,81 Janeiro de 2022: R$ 5,75 Variação: -1,04%

Pera Setembro de 2021: R$ 13,13 Janeiro de 2022: R$ 14,52 Variação: 10,61%

Uva Itália Setembro de 2021: R$ 13,37 Janeiro de 2022: R$ 15,80 Variação: 18,17%


Confira a pesquisa completa no site Mercado Mineiro.




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